O Caso Kurim - Acontecimento que inspirou o filme "A Órfã"

Você que é fã de filmes de suspense provavelmente já deve ter assistido o filme “A Órfã”, um dos mais populares do gênero onde conta a história de uma garota de 9 anos, Esther, que possui muitos talentos e é muito simpática, por ter esse perfil, um casal que havia perdido um filho recentemente resolve adotá-la. Várias situações estranhas começam a acontecer desde a chegada da menina à família. Kate que é a mãe adotiva começa a ficar desconfiada e investiga todo o passado da menina, descobrindo que ela na verdade tem 33 anos, se chama Leena Klammer e possui um distúrbio hormonal raro chamado de hipopituitarismo que faz com que a pessoa não se desenvolva fisicamente, assim mantendo a sua aparência infantil. A história que você irá ver agora envolve o acontecimento real que inspirou este filme, mas com toda a certeza de possuir um “enredo” muito mais macabro.

   Este acontecimento ocorreu na cidade de Kurim, Republica Checa, no ano de 2007. A garota em questão se chama Barbora Skrlová, de 33 anos que assim como a menina Esther, possuía o distúrbio que a deixava com a aparência de uma adolescente. Durante uma época de estudos, ela acabou conhecendo e ficando amiga de Katerina Mauerova, que morava com a irmã Klara e seus dois filhos, Ondrej e Jakub. Essas irmãs já eram perturbadas, e acreditavam fielmente que estavam destinadas a cumprir uma missão de Deus.



Barbora Skrlová


Klara Mauerova e filhos


Katerina Mauerova



   Barbora passou muito tempo fazendo tratamentos psicológicos devido a seu distúrbio psicológico e caráter violento, chegando a fugir de uma de suas internações. Como ela conseguiu fortalecer a amizade com as irmãs, passou a morar com elas aflorando a personalidade de ambas que já fugia do normal. Morando com as irmãs, Barbora mostrava ter dupla personalidade, ora se mostrando como uma adulta, ora como uma criança. Quando seu lado infantil era mostrado, ela sentia muito ciúmes de Klara devido à atenção que dava a seus filhos, passando a manipular diversas situações onde os colocavam como culpados. Acreditando que seus filhos estavam cada vez piores, desesperada resolveu pedir conselhos junto com Barbora que não hesitou em sugerir que ela os trancasse em uma jaula de ferro.

   Assim feito, passaram a alimentá-los pela grade, os deixaram sem roupas e não podiam sair nem ao menos para ir ao banheiro. Ainda não satisfeita, Barbora insistira para que passassem a torturar as crianças, queimando seus braços e pernas com cigarros, espancando, dando choques e até com sessões de afogamento. Houve um dia em que as três foram até a jaula e Klara pediu para que um dos filhos, Ondrej, colocasse uma perna para fora das grades, e com uma faca afiada elas começaram a cortar a perna do garoto, após retirar vários pedaços, elas comeram a carne dele na frente das crianças, dias depois foi a vez de Jakub, onde retiraram partes de seu braço.



   Para ter mais controle sobre as crianças, Barbora teve a ideia de colocar uma câmera de vigilância parecida com as babas eletrônicas, podendo acompanhar o que elas faziam e ver quando uma delas os torturava. Porém o que elas não esperavam é que uma família havia mudado para a casa do lado há pouco tempo e que também instalaram uma câmera para cuidar de seu bebê, e tiveram a surpresa de ao invés de ver a imagem de seu filho, viram duas crianças trancadas em uma jaula.


Imagens da câmera


    Demorou dias até o pai da família perceber que o sinal que estava interceptando na sua tv era da casa ao lado, imediatamente ele fez uma denúncia e no dia 10 de maio de 2007 a polícia invadiu a residência prendendo as irmãs Klara e Katerina. Os policiais encontraram Jakub e Ondrej trancados na jaula e se assustaram com o cheiro forte de fezes, urina e sangue. Uma dessas crianças estava desmaiada e a outra agachada em um canto em estado de choque e extremamente machucadas. Em outro canto próximo a jaula havia uma menina com um bicho de pelúcia que ao deparar com os policiais foi correndo em sua direção pedindo socorro, contando que seu nome era Anika, que tinha 12 anos e era filha adotiva de Klara. Essa garota era Barbora, que se aproveitou de um momento de distração dos policiais para fugir do local indo para Noruega e assumindo outra identidade passando a se chamar Adam, um garoto de 13 anos de idade. Uma família acreditando no que ele dissera, resolveu adotá-lo onde Adam passou a frequentar a escola novamente. Um ano depois a polícia encontrou o esconderijo de Barbora, e realizando sua prisão, a família assustada com a violência com o garoto descobriu que ele se tratava de uma criminosa de 35 anos.



Barbora Skrlová


   As irmãs alegaram que Barbora havia feito lavagem cerebral nelas que a fizeram perder a noção do que estavam fazendo. Em 2009 Klara foi condenada a 9 anos de prisão e Katerina a 10 anos, já a respeito de Barbora não existem informações exatas de sua condenação até hoje.


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